TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular Ă© responsĂĄvel pelos movimentos corporais. Existem trĂȘs tipos de mĂșsculos no corpo humano: mĂșsculo estriado esquelĂ©tico, mĂșsculo estriado cardĂaco e mĂșsculo liso.
FIGURA-17
-O mĂșsculo estriado cardĂaco estĂĄ presente no coração e
tem contração contĂnua e involuntĂĄria para realizar o bombeamento do sangue.
- O mĂșsculo estriado esquelĂ©tico Ă© responsĂĄvel pelos movimentos
voluntĂĄrios, tem contração forte e rĂĄpida. Exemplos desse tipo de mĂșsculo Ă© o
bĂceps braquial, no braço, e o trapĂ©zio, localizado na regiĂŁo da coluna.
-O mĂșsculo liso nĂŁo apresenta estrias e caracteriza-se
por contraçÔes lentas e involuntårias, sujeitas à ação do sistema nervoso
autĂŽnomo.
MĂșsculo
Estriado Esquelético
-Para focalizar o estudo para a Quick Massage, serĂĄ
enfatizado o mĂșsculo estriado esquelĂ©tico.
Os mĂșsculos
estriados esquelĂ©ticos representam cerca de 40 a 50% do peso corporal total. Ă
formado por feixes de cĂ©lulas cilĂndricas longas e multinucleadas, com
estriaçÔes transversais. Sua contração é råpida, vigorosa e estå sujeita ao
controle voluntĂĄrio. Trata-se de estruturas individualizadas que cruzam uma ou
mais articulaçÔes e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes
movimento. Os mĂșsculos transformam energia quĂmica em energia mecĂąnica.
Os mĂșsculos sĂŁo capazes de transformar energia quĂmica em energia mecĂąnica. O mĂșsculo vivo Ă© de cor vermelha. Essa coloração denota a existĂȘncia de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares.
FIGURA-18
Estruturas
dos Musculos Estriados Esqueléticos
-Os mĂșsculos estriados esquelĂ©ticos apresentam as
seguintes estruturas:
Ventre muscular: porção contrĂĄtil do mĂșsculo. Ă formado
por fibras musculares e constituem o corpo do mĂșsculo .
TendĂŁo: formado por tecido conjuntivo, com grande
quantidade de fibras colågenas. Tem a função de fixar o ventre muscular em
ossos, no tecido subcutĂąneo e em cĂĄpsulas articulares .
Aponeurose: assim como o tendĂŁo, Ă© formada por tecido
conjuntivo. Envolve grupos musculares e apresenta-se como leques ou lĂąminas.
Bainha tendĂnea: tem a função de conter o tendĂŁo, alĂ©m de
facilitar o seu deslizamento durante a contração muscular. Formam tĂșneis entre
as superfĂcies Ăłsseas.
Bolsa sinovial: estĂŁo localizadas entre os mĂșsculos, ou
entre um mĂșsculo e um osso. Trata-se de pequenas bolsas revestidas por membrana
serosa e possibilitam o deslizamento muscular.
FIGURA 19 – PARTES
DO MĂSCULO ESTRIADO ESQUELĂTICO:
ConstituĂção
das fibras musculares
-Os mĂșsculos sĂŁo constituĂdos de fibras musculares
envoltas por camadas de tecido conjuntivo: endomĂsio, perimĂsio e epimĂsio. A
contração normal das fibras musculares é comandada por nervos motores que se
ramificam no tecido conjuntivo do perimĂsio, onde cada nervo origina numerosas
terminaçÔes. No local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma
uma dilatação que se coloca dentro de uma depressĂŁo da superfĂcie da fibra
muscular.
Uma fibra nervosa pode inervar uma Ășnica fibra muscular
ou se ramificar e inervar até mais de 100 fibras musculares. A fibra nervosa e
as fibras musculares por ela inervadas formam uma unidade motora. A fibra
muscular não é capaz de graduar sua contração. Uma determinada fibra ou não se
contrai ou se contrai com toda intensidade. As variaçÔes na força de contração
do mĂșsculo sĂŁo devidas Ă s variaçÔes no nĂșmero de fibras que se contraem em
determinado momento. A organização das fibras pode ser visualizada na figura 20.
A coloração vermelha do mĂșsculo estĂĄ associada Ă
existĂȘncia de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares.
FIGURA 20 – ORGANIZAĂĂO DA FIBRA MUSCULAR
FunçÔes
dos MĂșsculos EsquelĂ©ticos
Dentre as funçÔes dos mĂșsculos esquelĂ©ticos podemos
destacar as seguintes:
-Produção de movimentos corporais: por intermédio da
contração muscular, seja ela isomĂ©trica, concĂȘntrica ou excĂȘntrica, sĂŁo
produzidos diversos movimentos corporais, como por exemplo: abertura e
fechamento da boca, flexĂŁo e extensĂŁo dos membros superiores e inferiores,
movimentos da coluna, etc.
-Estabilização das posiçÔes corporais: as articulaçÔes
sĂŁo estabilizadas por diversas estruturas, como ligamentos e cĂĄpsula articular,
mas os mĂșsculos exercem função imprescindĂvel na estabilização, possibilitando
a movimentação adequada, dentro da amplitude de movimento esperada.
-Produção de calor: a contração muscular resulta em
produção de calor, que Ă© liberado pelo mĂșsculo e usado para a manutenção da
temperatura corporal.
-A célula muscular produz trabalho mecùnico intenso e
descontĂnuo, e para isso requer depĂłsitos de compostos ricos em energia
quĂmica. A energia que pode ser mobilizada com mais facilidade Ă© acumulada em
ATP (adenosina trifosfato) e fosfocreatina, compostos ricos em energia de
ligaçÔes de fosfato e armazenados na célula muscular.
As
fibras musculares esqueléticas
As fibras musculares esqueléticas podem ser classificadas
de acordo com sua estrutura e composição bioquĂmica:
-Fibras lentas ou tipo I: ricas em sarcoplasma, o
retĂculo sarcoplasmĂĄtico Ă© o retĂculo endoplasmĂĄtico das cĂ©lulas musculares. Ă
especializado no armazenamento de Ăons cĂĄlcio, e quando libera esse cĂĄlcio para
o citoplasma då-se a contração muscular. A fibra lenta ou tipo I, contem
mioglobina e com cor vermelho-escura, adaptadas para contraçÔes continuadas.
Sua energia é obtida principalmente da fosforilação oxidativa de åcidos graxos.
-Fibras
rĂĄpidas ou tipo II: adaptadas para contraçÔes rĂĄpidas e descontĂnuas. Tem pouca
mioglobina, o que garante uma coloração vermelho-clara. As fibras do tipo II
podem ser divididas em tipos A, B e C, de acordo com suas caracterĂsticas
funcionais e bioquĂmicas, principalmente a estabilidade da actomiosina-ATPase
que elas contĂȘm.
(A actomiosina constitui
a maior parte das proteĂnas miofibrilares presentes no mĂșsculo)
Tipo IIA – de contração rĂĄpida e oxidativa (FOG)
Fibra muscular tipo IIa – contração
intermediĂĄria. Este tipo de fibra muscular possui menor nĂșmero
de capilares sanguĂneos apresentando, assim, menor suprimento de oxigĂȘnio.
Apesar dessa caracterĂstica, possuem boa capacidade de metabolismo aerĂłbico
fadigando menos que as fibras tipo IIb, de contração råpida.
Tipo IIB – de contração rĂĄpida e glicolĂtica
As fibras do tipo IIB sĂŁo as mais rĂĄpidas e dependem
principalmente da glicólise como fonte de energia. Esta classificação das
fibras musculares é importante para a caracterização de algumas doenças
musculares ou miopatias. Fibras do tipo IIb são de contraçÔes råpidas
(explosivas), anaerĂłbicas e sofrem maior hipertrofia. Predominante em atletas
de explosĂŁo como ginastas e velocistas.
Tipo IIC
– Fibras do tipo II (contração rĂĄpida – CR)
Também chamadas de fibras fåsicas. Exibem maior
diĂąmetro do que as fibras lentas. SĂŁo qualificadas
como fibras de grande velocidade de encurtamento e alta capacidade de
produção de força.
-As fibras de contração lenta (tipo I) são
as primeiras a serem recrutadas em qualquer tipo
de treinamento, jå as de contração råpida (tipo
IIa e IIb) sĂŁo recrutadas em momentos especĂficos, como nos
trabalhos de potĂȘncia e contraçÔes de alta intensidade.
Existem vĂĄrias
classificaçÔes quanto aos mĂșsculos esquelĂ©ticos. Eles podem ser divididos em
nove grupos, denominados: cabeça, pescoço, tórax, abdome, região posterior do
tronco, membros superiores, membros inferiores, perĂneo e ĂłrgĂŁos dos sentidos.